segunda-feira, 10 de maio de 2010

Observações

Se você estiver iniciando a leitura desse blog por essa postagem lembre-se que a cada vez que uma postagem é inserida em um blog, ela é posicionada acima da anterior, ou seja, para se ter um melhor entendimento do que está sendo apresentado é aconselhável que se inicie lendo pelo primeiro tópico: “Introdução”.

Esse blog foi feito para fins acadêmicos, portanto, os personagens em primeira pessoa nele escritos existem, mas os textos não são de sua autoria. Eric A. Kimmel é o escritor da obra Mitos Gregos, que é o assunto principal do blog e que, a partir desse livro, ideias foram apresentadas e expandidas. Pep Montserrat é o ilustrador desse livro. Para esclarecer quaisquer dúvidas ainda existentes esclarecemos que Eric A. Kimmel é um escritor real, assim como Pep Montserrat também é um ilustrador real, mas as postagens e comentários aqui escritos não foram feitos por eles apesar de ter como ideia a valorização de seus trabalhos.

Esse trabalho foi feito pelos alunos: Bruno P. Cambria (nº 06), Catharina P. Obeid (nº 09), Cauan B. Sant’anna (nº 11), Isabela N. Torquato (nº 21), Murillo P. Grant (nº 32) e Rafael C. Baía (nº 33), da 2ª série B do Ensino Médio do Colégio Salesiano Santa Teresinha.

Sobre a obra Mitos Gregos:


Esta obra foi publicada originalmente em inglês com o título:
THE McELDERRY BOOK OF GREEK MYTHS

Por Simon & Schuster, Nova York.

Copyright © 2008 by Eric A. Kimmel para o texto.

Copyright © 2008 by Pep Montserrat para as ilustrações

Através de acordo com Simon & Schuster.

Todos os direitos reservados, incluindo o direito de reprodução

No todo ou em parte sob qualquer forma.

Copyright © 2008, Livraria Martins Fontes Editora Ltda.,

São Paulo, para a presente edição.

Kimmel, Eric A. Mitos gregos / recontados por Eric A. Kimmel ; ilustrações Pep Montserrat ; tradução Monica Stahel. – São Paulo: WMF Martins Fontes, 2008.

domingo, 9 de maio de 2010

Amor Platônico


Símbolo do erotismo: Escultura “Eterna Primavera” (1897), de Auguste Rodin. São Paulo: MASP.

Os sentimentos em geral não conseguem ser muito bem explicados pela razão, o que faz com que sejam incógnitas para todos nós. Um dos sentimentos mais fortes, que surge repentinamente, independente de quando, onde e porquê, é o amor. Existem diversos textos e obras que tratam do tema amor, como por exemplo o mais célebre paradoxo de Camões que diz “O amor é fogo que arde sem se ver”, que nos dá uma ideia da intensidade do amor e, ao mesmo tempo, o desconhecimento de sua origem e a independência com tudo.

Paradoxo é exatamente a ideia que temos por amor platônico: algo totalmente oposto e impossível, mais contraditório do que uma antítese de idéias, por exemplo. O amor platônico tem como conceito generalizado a idealização de um elemento erótico inalcançável, podendo ser por diversos fatores, como a distância, a irrealidade e a especificação. Em Mitos Gregos há um mito que trata exatamente desse tipo de amor: Pigmalião e Galatéia.

“Pigmalião era o maior escultor da Grécia, suas obras pareciam ter vida real. Certa vez lhe foi encomendada uma estátua de Afrotide pelos sacerdotes de um templo. Para criá-la utilizou um puro bloco de mármore e deu-lhe as mais reais feições humanas, assim como o aspecto da pele. Era a estátua mais bela que já tinha criado, e ficava arrasado de saber que teria que dá-la aos sacerdotes, ele estava apaixonado por sua obra, que havia sido nomeada de Galatéia. Pintou Galatéia com cores vivas e a vestiu, e ao abraçá-la apenas sentia uma pedra fria. Pegou outro bloco e fez mais uma estátua de Afrodite, para que não tivesse que entregá-la aos sacerdotes do tempo.
Pigmalião passava o tempo todo observando sua amada e sabia que logo iria morrer apenas observando sua estátua. Então pediu para que a deusa do amor, Afrodite, tirasse sua vida, já que ele não poderia encontrar sua paz em vida e deitou-se ao chão. Enquanto estava deitado, ouviu uma voz feminina dizendo que Afrodite havia ouvido sua prece, e que Galatéia, quem estava falando, havia se tornado humana. Ela correspondeu o amor e ambos se casaram. Afrodite concedeu-lhes mais uma bênção: a alma dos dois deixariam os corpos juntos, para que, assim, eles nunca se separassem.”

O amor é algo humano e, portanto, totalmente banal e ao mesmo tempo um elemento da idealização. Essa simplicidade unida à grandiosidade do amor torna-o um sentimento inexplicável. Mas esse mito não trata simplesmente do amor, outro importante elemento nele contido é a insistência em um bom sentido, onde uma pessoa luta pelo o que quer e precisa, ou seja, uma pessoa que não desiste de seus objetivos. Desde que ouvi esse conto pela primeira vez posso dizer que meu conceito de insistência mudou completamente, a partir do momento em que Pigmalião consegue tornar possível o impossível perante algo paradoxal: o amor.

Referência ao amor perfeito por meio da mitologia grega: Escultura Eros e Psique”, de Antônio Canova, Paris: Museu do Louvre.

Aranhas


Até mesmo coisas menos questionadas pelas pessoas são tornadas mitos, como o caso das aranhas no mito Aracne, que pode ser encontrado na página 30 de Mitos Gregos, que eu dedico “para Renée Routhage, Princesa Guerreira.” Apenas pelas ilustrações desse mito no livro já podemos entender grande parte da história, por isso podemos levar em conta um ditado popular: “uma imagem vale mais do que mil palavras”, ainda mais quando se trata de uma imagem feita por uma ilustre profissional da área, como o espanhol Pep Montserrat que trabalhou comigo, dando muito mais valor à essa obra.

“Aracne era uma jovem tecelã que podia transformar os mais rudimentares materiais têxteis nos mais macios tecidos. Sua habilidade impressionava muito a todos de sua cidade, tanto que certa vez o rei encomendou um manto para que Aracne tecesse. Quando ele foi buscar o manto se impressionou com o trabalho e disse:
- Só Atena seria capaz de fazer um manto mais lindo do que este!
Isso, para qualquer um soaria como um elogio, mas a tecelã se sentiu ofendida, acreditava que nem mesmo Atena tecia melhor que ela. Então propôs um desafio para a deusa da sabedoria, que surgiu repentinamente em sua frente aceitando-o. Ambas começaram a fazer suas tapeçarias para a competição; Atena havia escolhido o céu como tema de seu trabalho, enquanto Aracne tecia sobre os feitos benéficos e maléficos dos deuses, o que era considerado uma tremenda ousadia.

Com raiva a deusa disse que se Aracne desistisse do desafio ela lhe daria um dom: Aracne se tornaria a melhor tecelã que já existiu, seus fios seriam mais finos que seda e seu dom seria hereditário. A jovem aceitou e no mesmo momento foi transformada em uma aranha, uma criatura desconhecida até então, que por produzir fios resistentes e extremamente finos, fez com que a deusa cumprisse com sua palavra.”

Quando resolvi fazer o livro, compilei uma seleção de mitos mais relevantes em minha opinião, e essa foi uma das que não hesitei em escolher, pois trata de algo simples com um moral também simples, porém útil.


Aranha com sua teia envolta por orvalho.


sábado, 8 de maio de 2010

O início de tudo

Iniciarei falando sobre o mito que, para mim, é o mais
importante: Prometeu. É o mais importante pelo motivo de falar
sobre o início do mundo na visão da mitologia grega. Vou dar
uma resumida no que seria o mito grego da criação:
"No início dos tempos houve uma batalha entre deuses e titãs,
uma raça de gigantes. Os deuses venceram e passaram a
governar o universo. Com os ossos dos titãs criaram as
montanhas, com o sangue fizeram o mar, com os olhos fizeram
as estrelas e com os cabelos fizeram as árvores.
Prometeu e seu irmão, Epimeteu, ficaram do lado dos deuses e
tiveram o privilégio de distribuir poderes aos seres vivos. Para
cada ser davam um poder diferente, entre eles a juba do leão,
as listras das zebras, a tromba do elefante. Mas se esqueceram
de dar um dom aos seres humanos. Então tiveram a ideia de
dar o fogo como dádiva aos humanos, fazendo assim com que
eles pudessem dominar todos os seres usando sua dádiva com
prudência.
Zeus ficou furioso com o que Prometeu fizera, pois a ideia de
dar o fogo aos humanos havia sido dele. Como castigo Zeus
acorrentou-o a uma rocha onde um abutre sempre arranca
um pedaço de sua carne que é sempre recomposta. Ás vezes
Prometeu geme tentando se soltar e treme a terra, o que é
conhecido por nós como terremoto."
Esse mito, assim como todos outros, explicam algo até então
inexplicável cientificamente, fazendo com que haja para isso
uma explicação mística. Um mito é desacreditado quando a
ciência prova o contrário, mas ainda assim a essência do mito
nunca se perde, e é por isso que até hoje a maioria das
pessoas conhecem o mito de Prometeu.

Tortura de Prometeu.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Introdução

Mitos Gregos. Escrito por Eric A. Kimmel. Ilustrado por Pep Montserrat.



Meu nome é Eric A. Kimmel e nasci em 1946. Sou americano, judeu e escritor de livros infanto-juvenis, sendo que já tenho mais de 50 obras publicadas. Nesse blog falarei de uma de minhas obras que mais fico lisonjeado até hoje por críticas positivas, por se tratar de um assunto que foi o início de toda a literatura, principalmente na Europa: os mitos gregos.
Mitos são histórias criadas para explicar o porquê de algo até então inexplicável; a mitologia grega é um conjunto de contos criados no período Clássico explicando toda a origem do mundo, dos seres, de tudo em geral. E essa obra de minha autoria reúne treze mitos recontados por mim e ilustrados por Pep Montserrat, que trabalhou juntamente comigo. Na versão em português a obra foi traduzida por Monica Stahel.
Resolvi escrever uma obra sobre mitos gregos por três motivos. Em primeiro lugar, pela beleza das histórias que foram passadas hereditariamente e sempre possuem heróis lutando para o bem. Em segundo, os mitos estão presentes em toda nossa linguagem, como por exemplo o termo "narcisismo" que se origina do mito de Narciso, que está contado em minha obra. Em terceiro lugar, os mitos são estímulos para a imaginação humana, fortalecendo nossas ideias e conectando a fatos do nosso cotidiano.
Obrigado por visitar o blog, postarei sobre alguns mitos brevemente.